Advogados derrubam decisão que determinava contratação ilegal de defensor

Advogados da União revogam decisão de contratação ilegal de defensor público em Juazeiro do Norte, evitando prejuízos ao orçamento federal.
Quarta-feira, 6 de julho de 2011 às 17h34
Advogados derrubam decisão que determinava contratação ilegal de defensor

Advogados da União derrubam decisão que determinava contratação ilegal de defensor público para atuar em Juazeiro do Norte:

A Advocacia Geral da União (AGU) comprovou, na Justiça, que a contratação de defensor público federal para atuar em Juazeiro do Norte (CE), depende de estudos técnicos da região para verificar a necessidade local e de previsão orçamentária.

A Procuradoria Regional da União na 5ª Região (PRU5) informou à Justiça que a imposição da contratação causaria grave lesão à ordem pública, por interferir no juízo discricionário de conveniência e oportunidade da Administração. Para isso, a União teria que remanejar verbas públicas, o que causaria prejuízo ao orçamento federal, que tiraria dinheiro de outras áreas para cumprir a decisão.

Em ação, o Ministério Público Federal (MPF) pediu a posse de defensor público e teve o pedido acolhido pela 16ª Vara Federal da Seção Judiciária do Ceará. A PRU5 recorreu à Presidência do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), que considerou a defesa da AGU e suspendeu a decisão.

O presidente do TRF5 destacou que "trata-se de providência de alta complexidade, exigindo despesas, licitações e, quase sempre, a criação de cargos através de lei. O juiz não é um mágico, que crie bens materiais a partir de suas determinações. Vê-se, a olho desarmado, independentemente da correção jurídica da sentença (temática alheia à valoração que se faz no momento), que a implantação imediata da medida deferida em primeiro grau poderá causar, sim, grave dano à ordem pública, tumultuando enormemente".

O magistrado ressaltou ainda que conforme relatado na defesa da AGU, a manutenção da decisão poderia gerar um efeito multiplicador de ações com o mesmo pedido. "Se tais liminares se mantêm, é quase certo que o Parquet intentará medida idêntica, como tem feito, em todos os municípios em que a Justiça Federal tenha vara".

Mais informações através do endereço eletrônico www.agu.gov.br.

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