O governo federal pretende, na estruturação salarial da carreira dos professores das instituições federais de ensino superior, tomar como referência de remuneração a carreira dos servidores do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A proposta foi apresentada pelo secretário de relações do trabalho do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Sérgio Mendonça, em reunião realizada na terça-feira, 12, em Brasília, com as entidades sindicais que representam a categoria.
Ficou acertada nova reunião para o dia 19 próximo, quando será apresentada proposta de carreira baseada em critérios de mérito acadêmico e valorização da dedicação ao ensino, à pesquisa e à extensão. Essa proposta visa a atender as demandas da categoria, que já recebeu aumento de 4%, retroativo a março, e a incorporação das gratificações. Ela também valoriza a carreira para novos docentes e reconhece a qualificação e a dedicação dos professores que já estão nas instituições.
O secretário Sérgio Mendonça propôs ainda uma trégua na greve dos docentes federais, de 20 dias, para que a proposta possa ser discutida com a representação sindical. Dessa forma, os estudantes poderão retomar as aulas e concluir o semestre letivo, reduzindo os prejuízos provocados pelo movimento paredista, que já dura um mês.
Na reunião, ficou definido que o Ministério do Planejamento fará a liberação das vagas previstas no Projeto de Lei nº. 2.134, substituído pela Medida Provisória nº. 568, de 11 de maio último, já a partir do segundo semestre de 2012. Essas novas contratações devem preencher as vagas abertas com a expansão dos campus e a criação de cursos do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).
O governo federal conta com o compromisso e a compreensão dos professores em greve e pretende dar continuidade ao processo de modernização e expansão das universidades e dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia. É uma forma de contribuir para o desenvolvimento social e para a inclusão de mais brasileiros no ensino superior.
Fonte: www.mec.gov.br